A cada ano, torna-se mais evidente que crianças e adolescentes estão mais ansiosos, distraídos e sobrecarregados. O excesso de estímulos digitais, as pressões sociais e a carga de responsabilidades dentro e fora da escola criam um cenário onde o aprendizado se torna um desafio ainda maior. E, nesse contexto, os professores também enfrentam um nível crescente de estresse. Lidar com turmas numerosas, a falta de concentração dos alunos e questões emocionais complexas exige muito mais do que apenas conhecimento acadêmico – exige equilíbrio, paciência e recursos para manter um ambiente saudável e produtivo.
Práticas como mindfulness e meditação têm se destacado como ferramentas eficazes não apenas para os alunos, mas também para os professores. Estudos mostram que a introdução dessas técnicas no ambiente escolar pode melhorar a concentração, reduzir a ansiedade, aumentar a resiliência emocional e criar um espaço mais harmonioso para o aprendizado. Para os alunos, isso significa mais foco para os estudos, menos impulsividade e maior capacidade de lidar com desafios. Para os professores, significa mais clareza mental, maior controle do estresse e uma forma eficaz de manter o bem-estar em meio à rotina exaustiva da educação.
E o melhor: inserir mindfulness e outras técnicas meditativas na escola não exige mudanças drásticas. Pequenas práticas diárias já podem transformar a dinâmica da sala de aula, tornando o processo de ensino e aprendizagem mais fluido e equilibrado.
Neste guia, irei apresentar ideias de como os professores podem praticar e aplicar mindfulness e meditação na rotina escolar de forma simples e acessível, ajudando não apenas os alunos a aprenderem melhor, mas também a trazer mais leveza e bem-estar para sua própria vida.
Por que a meditação mindfulness e outras são essenciais na educação?
Se tem uma coisa que todo professor sabe é que manter a atenção dos alunos e criar um ambiente tranquilo para o aprendizado não é fácil. Entre celulares, redes sociais, excesso de estímulos, problemas e estresse que vem de casa e a pressão por resultados, se torna um grande desafio manter crianças e adolescentes atentos e focados . Mas e se houvesse uma maneira simples e acessível de ajudá-los a se concentrar melhor, lidar com as emoções e melhorar o desempenho na escola?
Práticas como mindfulness e outras técnicas de meditação vêm ganhando espaço na educação exatamente por isso. E não é só “modinha”: já existem muitos estudos que mostram como essas técnicas ajudam os alunos a melhorar o foco, reduzir a ansiedade e até aprimorar habilidades sociais, tornando a convivência em sala de aula muito mais harmônica.
Impacto no comportamento dos alunos
Além dos benefícios acadêmicos, a prática de mindfulness faz uma diferença enorme no comportamento dos alunos. Crianças e adolescentes que aprendem a prestar atenção no que sentem conseguem reagir melhor a situações de estresse, têm mais controle emocional e lidam com conflitos de forma mais equilibrada.
Ou seja, menos brigas no recreio, menos impulsividade e mais empatia entre colegas. Um estudo realizado pelo Mindful Schools nos EUA apontou que alunos que praticavam mindfulness regularmente apresentaram 40% de redução em reações impulsivas e melhora significativa na interação social.
O papel dos professores na implementação
Quando falamos em levar mindfulness e meditação para a escola, os professores são as peças-chave desse processo. Afinal, não basta apenas introduzir a prática – é preciso criar um ambiente propício para que os alunos realmente se engajem. E um dos maiores segredos para o sucesso dessa implementação é o próprio professor se sentir confortável com a prática antes de levá-la para a sala de aula.
Alunos têm um radar afiado para perceber quando um professor não domina um assunto ou não está confiante naquilo que está ensinando. Se o educador tenta aplicar uma meditação sem nunca ter experimentado antes, ou sem entender bem como funciona, os alunos rapidamente percebem e podem não levar a prática a sério. Mas quando o professor já pratica e sente os benefícios na própria vida, a abordagem se torna muito mais natural e inspiradora.
Superando desafios:
É natural que, no início, algumas barreiras apareçam. Alguns alunos podem achar “estranho”, pais podem questionar e gestores podem se preocupar com a viabilidade da prática dentro do currículo. Mas essas dificuldades podem ser superadas com uma abordagem transparente e bem fundamentada.
Resistência dos alunos: Explicar os benefícios da prática de forma clara e envolvente, mostrando que mindfulness não tem relação com religião, mas sim com foco, equilíbrio emocional e bem-estar.
Dúvidas dos pais: Manter a comunicação aberta, destacando que práticas de atenção plena são baseadas em ciência e têm sido adotadas em diversas escolas ao redor do mundo.
Gestores escolares: Mostrar pesquisas e exemplos de instituições que já implementaram a meditação com sucesso, destacando os impactos positivos no aprendizado e no comportamento dos alunos.
O mais importante é que os professores se sintam confiantes ao introduzir essas práticas, entendendo que elas são ferramentas poderosas não só para os alunos, mas também para eles próprios. Com o tempo e a prática, mindfulness pode se tornar um grande aliado na construção de uma escola mais equilibrada, harmoniosa e produtiva.
Resumo do livro “Meditação em ação para crianças”de Susan Kaiser Greenland
Em seu livro Breath by breath, Larry Rosemberg diz que é fácil subestimar o quão estressante a infância moderna pode ser. Muitas crianças precisam descobrir por elas mesmas as regras para serem aceitas em suas turmas. Isso não é fácil, já que o preço do fracasso pode ser alto: ostracismo, bullying, falta de amigos. Outras crianças, por exemplo aquelas que tem problema para ter bom desempenho na escola e aquelas que sentem necessidade de estar sempre nos mais altos níveis, muitas vezes sofrem uma ansiedade debilitante. Nas famílias em que o dinheiro é uma questão, onde existem problemas médicos ou onde os pais estão em conflito, as crianças e jovens podem ir do estresse na escola para um ambiente estressante em casa. Com base nisso, o treinamento da consciência plena deve ser desenhado para ajudar as crianças a colocarem seus problemas em perspectiva e entenderem melhor o que está acontecendo em seu mundo interno e externo.
A maioria dos problemas enquadra-se na categoria geral estresse, que engloba desde situações de risco de morte até pressões e preocupações persistentes. Os eventos que causam o estresse podem ser reais, percebidos ou potenciais e ativam o sistema de resposta do corpo (luta ou fuga). Quando o sistema de resposta do corpo é acionado a energia é mobilizada e entregue aos tecidos que precisam dela (no caso, principalmente os músculos dos membros – braços e pernas), e a frequência cardíaca e da respiração, bem como a pressão arterial, aumentam; construções de longo prazo e atividade de reparo são adiados até que a situação de emergência tenha passado; isto é, os sistemas de digestão, crescimento, imunidade e reprodução são inibidos.
Apesar da resposta ao estresse poder salvar vidas em situações de emergências, se ativada com frequência, durante um período prolongado de tempo devido a preocupação crônica ou desafios emocionais prolongados, pode ter um custo alto para nossos corpos e mentes.
Pontos importantes:
– As pessoas amadurecem em ritmos diferentes. Isso não significa que eles nunca serão capazes de realizar a prática: só não estão prontos para fazê-lo ainda. Não cobre nada deles além do seu nível de conforto.
– Coloque de lado qualquer julgamento ou análise durante a prática da atenção plena e comprometa-se com a experiência. Pensamentos sobre o que você gosta e não gosta, sobre como as crianças estão indo bem ou não, sobre como gostaria que a turma se comportasse, sobre como as práticas podem ser tolas etc…esse tipo de análise é natural, mas, com a prática você desenvolverá uma relação diferente com o pensamento e entenderá que há tempo para reflexão e análise depois que terminar de meditar.
– Veja se você consegue ficar confortável com “não saber” ou, pelo menos, “não saber ainda”. Se tiver dúvidas sobre a meditação durante a prática, certifique-se de pesquisá-las, mas somente quando terminar de meditar. Uma compreensão surgirá naturalmente através da prática.
– Estabeleça limites para as crianças de forma coerente com os princípios da consciência plena. Isso pode ser um desafio, mas aqui estão alguns truques básicos.
– Use todas as oportunidades que tiver para se comunicar não verbalmente durante as práticas. Por exemplo, se uma criança está falando ou se movimentando, em vez de pedir-lhe para parar, você pode fazer contato com os olhos, sorrir e colocar o dedo nos lábios, fechar os olhos e apontar na direção que ela deve centrar a atenção.
– Estabelecer sinais pode ser eficaz. Por exemplo, “levantar a mão” como sinal de silêncio e todos que vejam devem levantar a mão com você. Mãos levantadas indicam “nenhuma conversa e atenção focada em você”. Uma variação pode ser um sinal verbal pedindo um sinal não verbal em resposta. “Se você está ouvindo minha voz, levante a mão”, ou seja, os ouvidos devem estar focados em você.
– Postura – de pernas cruzadas ou sentado numa cadeira com os pés apoiados no chão, é importante que a coluna esteja ereta, mas sem tensão. Para ajudar a encontrar uma postura ereta e relaxada, tente usar a técnica de fechar o zíper. Façam todos juntos, imaginando que tem um zíper correndo pelo meio do seu corpo, começando pelo umbigo e indo até o queixo. Com uma mão na frente do tronco, perto do umbigo, mas sem tocá-lo, e a outra mão atrás do tronco, perto da base da coluna, também sem tocá-la, mova suas mão para cima até tocar o queixo, enquanto diz “Ziiiiiiiiiiiper!”.
– Atenção à respiração: tome três respirações profundas, inspirando pelo nariz profundamente e expirando pela boca bem lentamente. Deixe a respiração ir voltando ao normal pelo nariz e volte sua atenção para o movimento respiratório. Observe seu abdômen indo e vindo. Sinta o ar entrando pelo nariz…não tente controlá-lo, não analise, só observe. Sinta seu corpo, observe a pressão do peso do corpo no chão ou na cadeira, sinta o contato da roupa com a pele, escute os sons do ambiente…observe…. Neste processo sua cabeça irá se perder em algum pensamento. É assim mesmo, totalmente normal ….só perceba isso, deixe o pensamento ir e volte sua atenção para a respiração, sinta, escute, deixe a mente divagar, capture o pensamento (momento de consciência plena), deixe-o ir, volte para a respiração e o corpo. Pronto, você acabou de praticar a atenção plena.
Não se preocupe se alguém se sentir fisicamente desconfortável nas primeiras vezes que se concentrarem na respiração. Não é incomum que sintam como se a respiração estivesse apertada ou reconhecerem pela primeira vez que respiram pela boca e não pelo nariz e não gostarem da forma como se sentem. Também não é incomum que uma emoção desagradável ou difícil surja. Tudo isso é perfeitamente natural. Apenas incentive-os a perceberem o sentimento/emoção, colocar de lado a análise, deixar a emoção ir e voltar a atenção para o objeto em foco, que neste caso é a respiração.
– Algumas crianças acham difícil sentar e meditar. O desconforto físico e o extremo esforço para que permaneçam serenas e calmas podem ser demais para elas. Quando tentarem uma prática introspectiva formal pela primeira vez, balançar de um lado para o outro como um pêndulo pode ser útil e até mesmo essencial. O movimento deve ser executado para um lado, sem tirar o bumbum do apoio, quando chegar o limite, mude o sentido do movimento até o centro, ache o equilíbrio e inicie o movimento para o outro lado (balance, lado, balance, centro).
Uma adaptação do movimento do pêndulo, para ajudar as crianças é a “Caminhada lenta e silenciosa”.
Atenção focada e direta – manter a atenção em um objeto à escolha e monitorar a distração. Perceber que distraiu e voltar para o objeto.
Como engajar os alunos nas práticas de mindfulness
Incluir mindfulness na rotina escolar pode ser transformador, mas engajar os alunos nem sempre é fácil. Para que a prática funcione, é essencial adaptá-la ao universo deles, tornando-a acessível, leve e até divertida. Aqui estão alguns exemplos e estratégias para conquistar a prática da atenção:
A experiência da mexerica
Para essa atividade, cada participante precisará de uma mexerica. O objetivo é explorar todos os sentidos e praticar a atenção plena enquanto interagimos com a fruta.
Observação detalhada
Sentados em roda, com as mexericas no centro, cada um deve escolher a sua e observá-la atentamente. Perceba a cor, o formato, a textura, o brilho, as pintinhas e até os pequenos “defeitos” da casca. Agora, coloque sua mexerica de volta no centro e misture todas. Será que você consegue reconhecer a sua depois?
(Para crianças pequenas, essa parte pode ser desafiadora. Se for o caso, o facilitador pode optar por não incluí-la. Mas, se decidir seguir, pode aproveitar para trabalhar a ideia de singularidade. De longe, todas as mexericas parecem iguais, mas, ao observá-las de perto, percebemos que cada uma tem suas características únicas – assim como nós! Cada pessoa é especial do seu jeito, com qualidades, diferenças e particularidades. Valorize a sua essência, pois você é único!)
Sentindo com os sentidos
Agora, segure sua mexerica e continue explorando-a:
🔸 Cheire a casca e perceba o aroma cítrico.
🔸 Passe os dedos e sinta sua textura.
🔸 Comece a descascá-la devagar, observando a intensidade do cheiro se intensificar.
🔸 Repare no sumo que pode sair da casca, na textura da parte interna e nos fiapos que a envolvem. Você pode até experimentar um pedacinho da parte branca, se quiser!
Agora, olhe para os gomos:
🔸 Como eles se organizam dentro da fruta?
🔸 Como são grudados, mas fáceis de separar?
🔸 Pegue um gomo e parta ao meio com os dentes, mas sem mastigar. Observe as pequenas “garrafinhas” de suco dentro dele. Como a natureza é incrível, não é?
Cheire novamente e perceba como o aroma da casca é diferente do interior da fruta.
A experiência do sabor
Agora, coloque o gomo inteiro na boca, mas ainda não mastigue. Passe-o de um lado para o outro com a língua e sinta a textura. Quando estiver pronto, mastigue devagar e perceba a explosão de suco em cada mordida. Saboreie cada detalhe dessa experiência!
Importante: Para essa prática, todos devem permanecer em silêncio absoluto, ouvindo apenas as instruções do facilitador. Isso ajuda a focar na experiência e aumentar a percepção sensorial.
Um momento de gratidão
Antes de terminar, pare um instante e reflita sobre a jornada dessa mexerica até chegar até você. Um dia, ela era apenas uma sementinha que germinou, cresceu e virou uma árvore. Pessoas cuidaram dela, regaram, adubaram, podaram, colheram os frutos e os enviaram até a cidade. Agora, essa fruta se tornou parte do seu alimento, fornecendo vitaminas, minerais e energia para o seu corpo.
Esse exercício é só um exemplo e pode ser aplicado com uma diversidade elementos. Ele nos ensina não só a estar presente no momento, mas também a valorizar cada detalhe do que consumimos ou tocamos. Agradeça pela experiência e aproveite cada instante!
A atenção da turma:
Tornando a prática acessível – Para cada faixa etária, uma abordagem diferente! Crianças pequenas podem se conectar melhor com histórias e brincadeiras, enquanto adolescentes podem se interessar mais por técnicas que ajudem na concentração e no controle da ansiedade. O segredo é apresentar mindfulness como algo prático, sem misticismo ou rigidez.
Jogos e atividades lúdicas – Mindfulness pode (e deve!) ser divertido. Jogos de atenção plena, como o “som misterioso” (onde os alunos tentam identificar sons com os olhos fechados) ou “cheiro surpresa” (sentindo diferentes aromas sem ver a fonte), tornam a prática envolvente e interativa. Outra ideia é usar objetos simples, como bolhas de sabão para ensinar respiração consciente.
Lidando com a resistência – Nem todos os alunos vão aderir de imediato, e tudo bem! O importante é não forçar. Explicar os benefícios, criar um ambiente seguro e permitir que participem no próprio ritmo faz toda a diferença. Se alguém não quiser fechar os olhos durante uma meditação, por exemplo, pode apenas focar em um ponto fixo. A chave é flexibilidade e paciência.
Com o tempo, mindfulness deixa de ser uma atividade extra e se torna uma ferramenta natural para o bem-estar e a aprendizagem. O importante é plantar a semente e permitir que cada aluno explore no seu próprio tempo.
Pesquisas e meditação nas escolas
A técnica de Mindfulness ganhou fama graças a Jon Kabat Zinn. Ele era um estudante de biologia molecular do Instituto de Tecnologia de Massachussetts (MIT) e junto com outros dois colegas criou um programa de oito semanas de aula de meditação para tratar pacientes com dores crônicas. O resultado foi impressionante e a partir daí a universidade incorporou o modelo, nomeado MBSR (Redução do Estresse Baseado no Mindfulness). Hoje ele é usado para tratar bulimia, vícios, transtorno de ansiedade, depressão e esquizofrenia em vários países. A grande contribuição de Kabat-Zinn para a popularização da meditação foi transformar a técnica em um protocolo idêntico para todos os pacientes. Com a padronização, os pesquisadores puderam medir o impacto da prática na saúde e comparar com os resultados de outros colegas que usavam o mesmo roteiro. Isso é de grande valor no mundo acadêmico atual, pois é possível replicar o resultado.
Um estudo de Kabat-Zinn, avaliando 93 indivíduos, após a pratica de 8 semanas do programa MBSR detectou uma melhora no transtorno de ansiedade.
Mark Williams e Kabat Zinn criaram o programa MBCT (terapia Cognitiva Baseada no Mindfulness), onde submeteram os indivíduos a um treinamento de 8 semanas e observaram melhora no quadro de depressão e preveniu recaídas.
Alguns estudos comprovam redução da atividade da amígdala – área responsável pelos comportamentos impulsivos. Outros estudos demonstram o aumento de atividade da insula – aumentando assim a capacidade de perceber o outro, aumentando a compaixão.
Estudos desenvolvidos pela Universidade da Califórnia revelaram que a prática da meditação aumenta o número de dobras no córtex cerebral e, com isso, melhora o processamento de informações e emoções. Os resultados foram publicados na revista Frontiers in Human Neuroscience.
Presume-se que quanto maior o número de dobras, melhor a capacidade do cérebro de processar informações, tomar decisões e formar memórias, além de aumentar o autocontrole. O córtex é a camada externa do cérebro e tem papel fundamental na memória, atenção, pensamento e consciência.
Uma outra pesquisa realizada pelo Instituto de Medicina e Prevenção Natural da Universidade de Maharishi, observou 201 pessoas com doença arterial coronariana (DAC) que se dividiram em um dois grupos: um programa de meditação transcendental e um programa de educação para a saúde. Depois de cinco anos de observação, o grupo que praticou meditação mostrou uma redução de risco de 48% de sofrer um acidente vascular cerebral.
Conclusão
O professor é a peça-chave na introdução do mindfulness nas escolas. Mais do que ensinar técnicas, ele inspira pelo exemplo, transmitindo presença, equilíbrio e autoconsciência no dia a dia. Seu estado emocional reflete no ambiente da sala de aula, criando um espaço mais acolhedor e propício para a aprendizagem. Quando um professor vive o que ensina, ele não apenas transforma a experiência dos alunos na escola, mas também planta sementes que podem florescer ao longo de toda a vida.